Transposição da Água do Rio São Francisco – Água de custo alto
Água de custo alto
– (Pelas contas do governo cada metro cúbico custa R$ 0,79, carregando o peso da energia elétrica para o bombeamento. Para se ter uma ideia, a Codevasf cobra pela água que tira da beira do mesmo Rio São Francisco, R$ 0,06/m3. )
(Tubulação do Ramal do Agreste que vai trazer água da barragem Barro Branco, em Sertânia, para a Estação de Tratamento no sítio Canela de Ema entre Pesqueira e Arcoverde)
Agora que o Ministério do Desenvolvimento Regional assinou o pré-acordo definindo os critérios para início operacional e comercial dos serviços de operação e manutenção do sistema de transposição das águas do Rio São Francisco, cabem dois dedos de conversa sobre quanto é mesmo que Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará vão pagar pelo m3 da água que sai de Cabrobó (PE) e vai bater no Açude Castanhão (CE), em Floresta (PE), até chegar na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves (RN).
Pelas contas do governo cada metro cúbico custa R$ 0,79, carregando o peso da energia elétrica para o bombeamento. Para se ter uma ideia, a Codevasf cobra pela água que tira da beira do mesmo Rio São Francisco, R$ 0,06/m3. O governo federal se comprometeu a pagar a obra, bancar a manutenção do sistema, mas a água terá que ser rateada. Era R$ 0,90 o m3, e depois de muita pressão baixou R$ 0,17.
Pernambuco, que comprou 6m3 por segundo, já decidiu que essa água é para consumo humano. Mas a secretária de Infraestrutura, Fernandha Batista, diz que o Congresso terá que, em breve, aprovar uma lei que viabilize uma redução de custos com um modelo que não repasse o custo total da energia ao consumidor. O problema da transposição é que a água precisa subir muito para poder aproveitar a lei da gravidade. Para ela, a assinatura de um contrato com dois Estados começando a trabalhar com água da Transposição é bom porque “roda” o sistema. Mas sabendo que, na vida real, a água do projeto da Transposição não é barata.
Fonte/Autor: JC do domingo 02 de maio – Coluna JC Negócios – Jornalista Fernando Castilho