Artigo/Opinião: – Antecipação da eleição da Alepe – Trilhando um caminho tortuoso (*)
A criatividade da independência rasa contra a realidade que vai se impor
- Assembleia Legislativa de Pernambuco que vai trilhando um caminho perigoso de afastamento e ruptura com as necessidades do povo.
– O problema da criatividade sem propósito para transformar a realidade é que a segunda sempre vai acabar se impondo sobre a primeira e, quando isso acontece, é com “choro e ranger de dentes“. Vide o caso da Assembleia Legislativa de Pernambuco que vai trilhando um caminho perigoso de afastamento e ruptura com as necessidades do povo.
A criatividade sem propósito é aquela em que se constrói uma fantasia sem base real e legal, para não ter que enfrentar os desafios. É como você declarar “independência”, fazer uma “revolução”, porque não tem paciência (ou respeito pela outra parte) para negociar reformas nas relações.
Algumas independências não se sustentam. E o tempo perdido servirá apenas como prejuízo para todos ao redor. No foco deste texto, o prejuízo será dos pernambucanos.
E isso fica cada vez mais claro, pelo despropósito de ações sem qualquer sentido prático como a antecipação da eleição em mais de um ano por capricho político pessoal.
Raso
A Alepe usa a criatividade argumentativa de um empoderamento revolucionário, um discurso de independência (raso), para fingir que não precisa do Poder Executivo e que não precisa, nem mesmo, respeitar o próprio regimento ou o próprio calendário.
Criatividade e realidade podem até respirar o mesmo ambiente por muito tempo, mas quando a realidade se impõe o resultado é dramático.
Não harmônico
Ao antecipar a eleição da Mesa Diretora, a Alepe não declarou sua independência em relação ao Executivo, mas ao ambiente democrático cuja Constituição Federal, em seu artigo 2°, coloca no mesmo nível a “independência” e a “harmonia”.
Em resumo, quatro dezenas de deputados estaduais, parte oposicionista com interesse em desestabilizar o governo, parte ex-aliados da governadora buscando vingança por frustrações, resolveram deixar as necessidades dos pernambucanos de lado enquanto travam sua batalha no que eles chamam de autonomia legislativa.
É difícil e faz pouco sentido.
Sintonia
O perigo maior está em querer obrigar a opinião pública a acompanhar melindres pessoais de agentes políticos que deveriam estar comprometidos com o povo. Isso atrasa nosso desenvolvimento naquilo que importa.
A própria governadora tem dado demonstrações de sintonia com o governo federal e busca um esforço de atração de investimentos para mudar a realidade do Estado.
O momento é de reunir e não de afastar. O afastamento entre os poderes só interessa aos que insistem na criatividade discursiva sobre um passado de arengas políticas federais que só atrasou Pernambuco.
Os deputados eram atendidos na época e querem reviver aquilo? Tudo bem. Mas, e o povo?
Submissa
É verdade que antes havia uma Alepe que só usava a cabeça em meneios de submissão aos governadores da vez e isso não é esperado, de forma alguma, por ninguém com bom senso e honestidade democrática
Algumas independências não se sustentam. E o tempo perdido servirá apenas como prejuízo para todos ao redor. No foco deste texto, o prejuízo será dos pernambucanos.
E isso fica cada vez mais claro, pelo despropósito de ações sem qualquer sentido prático como a antecipação da eleição em mais de um ano por capricho político pessoal.
Raso
A Alepe usa a criatividade argumentativa de um empoderamento revolucionário, um discurso de independência (raso), para fingir que não precisa do Poder Executivo e que não precisa, nem mesmo, respeitar o próprio regimento ou o próprio calendário.
Criatividade e realidade podem até respirar o mesmo ambiente por muito tempo, mas quando a realidade se impõe o resultado é dramático.
Não harmônico
Ao antecipar a eleição da Mesa Diretora, a Alepe não declarou sua independência em relação ao Executivo, mas ao ambiente democrático cuja Constituição Federal, em seu artigo 2°, coloca no mesmo nível a “independência” e a “harmonia”.
Em resumo, quatro dezenas de deputados estaduais, parte oposicionista com interesse em desestabilizar o governo, parte ex-aliados da governadora buscando vingança por frustrações, resolveram deixar as necessidades dos pernambucanos de lado enquanto travam sua batalha no que eles chamam de autonomia legislativa.
É difícil e faz pouco sentido.
Sintonia
O perigo maior está em querer obrigar a opinião pública a acompanhar melindres pessoais de agentes políticos que deveriam estar comprometidos com o povo. Isso atrasa nosso desenvolvimento naquilo que importa.
A própria governadora tem dado demonstrações de sintonia com o governo federal e busca um esforço de atração de investimentos para mudar a realidade do Estado.
O momento é de reunir e não de afastar. O afastamento entre os poderes só interessa aos que insistem na criatividade discursiva sobre um passado de arengas políticas federais que só atrasou Pernambuco.
Os deputados eram atendidos na época e querem reviver aquilo? Tudo bem. Mas, e o povo?
Submissa
É verdade que antes havia uma Alepe que só usava a cabeça em meneios de submissão aos governadores da vez e isso não é esperado, de forma alguma, por ninguém com bom senso e honestidade democrática.
Mas a independência requer responsabilidade, requer harmonia. Independência requer o entendimento de que é preciso fazer sacrifícios, abrir mão de benefícios, em nome de um bem maior.
E, atenção, não existe independência quando uma das reclamações dos parlamentares, nos bastidores, é não receberem cargos para poder apoiar o Executivo.
Ainda submissos?
Há informações de bastidor, também, que para a antecipação da eleição e sua efetiva realização houve muitas promessas de aumento de verbas de gabinete e maior distribuição de recursos da Casa entre os parlamentares.
Se for verdade, mesmo sendo dinheiro do contribuinte, não há nada de ilegal nisso porque é dinheiro para a manutenção da Casa mesmo, mas é preciso perguntar: mudar de chefe é independência?
Momento precioso
O problema maior é que Pernambuco estacionou em infraestrutura e em qualidade de serviços públicos nos últimos anos. Perdeu competitividade e viu o desemprego aumentar. Havia uma Alepe que trabalhava em sintonia com o governo, mas governos que se preocupavam mais com crescimento partidário do que com desenvolvimento do Estado. Brigou-se com todos os presidentes de 2014 para cá. E o povo pagou a conta.
Agora que os recursos estão chegando, é a independência da Alepe que vai atrapalhar?
Prioridades
A maior discussão agora deveria ser sobre como o estado vai investir em infraestrutura para não depender mais de incentivos fiscais após 2032, porque com a reforma Tributária eles vão desaparecer. Deveria haver pressa para resolver isso.
Ao contrário, a Alepe discutiu nos últimos dias uma antecipação de eleição da Mesa Diretora em mais de um ano, por acomodação e garantia de poder pessoal.
As prioridades dos deputados estaduais estão bem colocadas aqui? Essa pergunta é dirigida à consciência de todos.
(*) Autor/Fonte: Igor Maciel – Jornalista, titular da Coluna Cena Política