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Recife; Lendária; Eterna; Cultural; Histórica & Poética – Antônio Maria no Circuito da Poesia do Recife

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O Grande Antônio Maria no Circuiito de Posia do Recife

  • Circuito da poesia do Recife: Antônio Maria

Estátua de Antônio Maria na Rua Bom Jesus em Recife
  • A estátua de Antônio Maria fica na Rua do Bom Jesus. Filho de uma família de usineiros, Antônio Maria Araújo de Morais, nasceu no Recife e na juventude aprendeu piano e francês. Na adolescência sua família teve grave crise financeira, quando seu pai faleceu prematuramente. Antônio Maria foi um multimídia, brilhando como locutor esportivo, jornalista, apresentador, produtor, criador de shows, publicitário, músico, cronista, cantor, compositor e letrista, humorista, cartunista, jornalista, diretor de rádio e televisão e, basicamente, boêmio.

    Aluno do Colégio Marista, onde foi colega de Fernando Lobo, que foi seu parceiro em músicas, como ”Ninguém me Ama” e “Menino Grande”. Aos 17 anos entrou na Rádio Clube de Pernambuco, como locutor e apresentador de programas musicais, feitos com discos. Em 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi morar no Edifício Souza, na Cinelândia, onde fez amizade com os vizinhos de prédio: Fernando Lobo, Dorival Caymmi, Abelardo Barbosa (que ainda não era o Chacrinha) e o pintor Augusto Rodrigues. Ficou apenas 10 meses. Sem conseguir sucesso na carreira, inclusive como locutor esportivo na Rádio Ipanema, decidiu voltar.

  • Em 1944, retornou ao Recife. Depois, foi trabalhar em Fortaleza e Salvador, onde se tornou amigo de Jorge Amado. Em 1947, voltou ao Rio, para ser o primeiro diretor de produção da TV Tupi, convidado por Francisco de Assis Chateubriand. Começou, então, a escrever suas crônicas diárias durante 15 anos no “O Jornal”, com os títulos “A Noite É Grande” e “O Jornal de Antônio Maria. Assinou ainda as colunas “Mesa de Pista” em “O Globo” e “O Jornal de Antônio Maria” e “Romance Policial de Copacabana”, na “Ultima Hora.”Como compositor, criou clássicos, como “Ninguém me Ama”, “Valsa de uma Cidade” e “Canção da Volta” (com Ismael Neto), “Manhã de Carnaval” (com Luiz Bonfá), “Suas Mãos”, “O Amor e a Rosa” e “Se Eu Morresse Amanhã” (com Pernambuco). e “Carioca 1954”, gravado por Dolores Duran. É considerado um dos reis do samba-canção, tendo também composto polcas, frevos, marchinhas de carnaval, valsas e sambas. Teve importantes parceiros, como, Vinícius de Morais, Evaldo Gouveia, Moacir Silva, Paulo Soledade,  Manezinho Araújo, Pernambuco, Reinaldo Dias Leme, João Roberto Kelly e Luís Bonfá.

  • Entre os que cantaram suas músicas, Dolores Duran, Ângela Maria, Nora Ney, Aracy de Almeida, Emilinha Borba, Elizeth Cardoso, Jamelão, Agostinho dos Santos, Dircinha Batista, Silvinha Teles, Dóris Monteiro, e os pernambucanos Claudionor Germano e Luiz Bandeira.Considerado o maior boêmio do Rio de Janeiro, teve grandes amores. O maior deles Danusa Leão, que deixou o poderoso Samuel Wainer, dono da “Última Hora”, para casar com ele. Claro que foi demitido do jornal.      Quando ela se separou, devido ao ciúme exagerado, Antônio Maria  entrou em depressão e para os amigos morreu de amor, num infarto fulminante, aos 43 anos, em frente ao “Le Rond Point”, famosa boate carioca”. Foi um apaixonado pelo Recife, onde vinha sempre. Amor que mostrou em três frevos que se tornaram clássicos: Frevo Número 1 do Recife, Frevo N 2 do Recife e “Frevo Nº 3 do Recife. Nas letras, a paixão pela nossa cidade, em alguns trechos como: “Que adianta se o Recife está longe, e a saudade é tão grande que eu até me embaraço”;  “Ai que saudade vem do meu Recife, da minha gente que ficou por lá” e “Sou do Recife com orgulho e com saudade, sou do Recife com vontade de chorar.”

Fonte: Coluna João Alberto do Diário de Pernambuco


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