Artigo/Opinião: O discurso INCLUSIVO de Lula, na prática não se sustenta
O discurso INCLUSIVO de Lula, na prática não se sustenta (*)
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Se o sujeito político que mais defendia isso em campanhas eleitorais ignora o critério, que tipo de esperança ele representa?
Algumas perguntas precisam ser feitas sobre as escolhas de Lula para o STF, PGR e correlatos. A
primeira: não existe uma única mulher nesse país de 200 milhões de habitantes, com quase 1,5 milhão de advogados e 18 mil magistrados, apenas para citar os de saber jurídico presumido, que atenda aos requisitos necessários e nenhuma dessas mulheres é negra?
ENTÃO QUEM?
E outra: se não for o presidente de um partido como o PT, de esquerda, que se elegeu acusando
com veemência os adversários de preconceito e discriminação, que sempre defendeu igualdade de raça e gênero em seus discursos eleitorais, quem o fará no futuro?
Se o sujeito político que mais defendia isso em campanhas eleitorais ignora o critério, que tipo de esperança ele representa?
CONSTRANGE
Não se trata de defender, aqui, a exigência de que uma mulher negra seja escolhida para o STF, como defendeu o PT numa carta ao presidente da República, que também é do PT. O critério primordial precisa ser, deve ser, o notável saber jurídico, a disposição para enaltecer as instituições que essas pessoas irão representar e a capacidade de agir com o rigor necessário frente aos desafios que são impostos à democracia diariamente. Mas não tem como responder às perguntas acima sem acusar um certo constrangimento petista pela prática inexistente daquilo que o palanque tanto gritou.
(*) Autor: Igor Maciel – Jornalista, titular da Coluna Cena Política do JC