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As vaquinhas espertas que fizeram refém um presidente vaidoso (*)

As vaquinhas, espertas, começaram a cobrar mais ração, mais água e, vendo que sempre      eram atendidas pelo desespero do produtor que continuava prometendo aos clientes mais do que tinha em estoque, passaram a exigir todo tipo de luxo antes de liberarem o leite.

A dependência de Lula com o centrão cabe uma analogia. Era uma vez um produtor que tinha várias vaquinhas e vendia o leite ao mercadinho da sua cidade. Querendo agradar seus clientes, o produtor ofereceu muito mais leite do que tinha em estoque e ficou dependendo das vaquinhas para poder entregar a encomenda.
As vaquinhas, espertas, começaram a cobrar mais ração, mais água e, vendo que sempre eram atendidas pelo desespero do produtor que continuava prometendo aos clientes mais do que tinha em estoque, passaram a exigir todo tipo de luxo antes de liberarem o leite.
O produtor virou refém do seu próprio rebanho.

LISBOA E MENDES

A historinha acima é uma representação que vem à mente após ler uma análise publicada
pelos economistas Marcos Lisboa e Marcos Mendes no Brazil Journal.

As vaquinhas são o centrão, o produtor é o presidente da República e os clientes são os brasileiros que esperam a realização de promessas feitas durante a campanha.
Tudo o que se promete tem custo. E esse governo está gastando demais, sem qualquer garantia de
que haverá dinheiro para pagar.

LEITE QUE NEM EXISTE

Lisboa e Mendes alertam, por exemplo, para a maneira como foi construído o orçamento do governo Lula. “Foram incluídas receitas que se espera advir de medidas ainda não aprovadas no
Congresso, e abusou-se do otimismo na fixação da despesa”, explica.

ANTES DE EXISTIR

Para que dê tudo certo, como o planejado, o orçamento está contando com R$ 168 bilhões de receitas que ainda dependem da boa vontade de deputados e senadores. Esse dinheiro, que já
tem até destino, só vai existir mediante projetos aprovados pelos parlamentares.
O leite já está negociado, vendido e vai ter que aparecer de qualquer jeito. O problema é que as
vaquinhas sabem disso.

REFÉNS

Bolsonaro (PL) ficou refém do centrão quando esteve ameaçado de impeachment. Com
popularidade em franca decadência no meio da pandemia, o então presidente olhou para o Congresso e se viu com uma base que não passava de 50 mirrados apoiadores. Precisou lotear o poder para sobreviver.
Lula já tinha uma base de sobrevivência, mas prometeu tanto, mais do que seu grupo podia entregar no prazo curto, e agora também está refém do centrão.

(*) Autor/Fonte: Igor Maciel, jornalista, articulista da Coluna Cena Política do JC


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