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Sanharó – Aniversário de 73 anos de emancipação Política

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Sanharó, 73 anos – do alicerce ao 7º andar

–  Padre Heraldo Cordeiro de Barros, com o apoio do então bispo diocesano – Severino Mariano de Aguiar, implantou dois colégios e criou uma verdadeira revolução na nossa história.

Nessa sexta-feira, 24, o município de Sanharó, aniversaria. Emancipado de Pesqueira, em 1948, completa, portanto, 73 anos.

Resolvi transformar esses anos numa Árvore de Natal, cujos enfeites, metaforicamente, represento-os pelos seus prefeitos, assim como pessoas que julgo, historicamente, merecedoras.

No “edifício” chamado Sanharó, cada andar percorre um tempo, imaginário, de uma década. Tempo necessário para a construção, o acabamento e o mobiliário.

A base, o alicerce foi feito por um time de bravos conterrâneos que alimentaram o desejo da emancipação. Esse pequeno grupo foi aumentando, a medida que o projeto avançava. Vale citar o ex-padre e depois deputado, Públio Calado, autor do projeto da Emancipação. Aqui conheceu uma jovem, filha de Teodoro Cesário com quem veio a casar. Vale ressaltar o empenho dos emancipadores e destacar, dentre esses, dois: Paulo Foerster e Antônio Avelino.

Resolvida a questão, a Lei foi promulgada pelo então governador Barbosa Lima Sobrinho e a partir de 24 de dezembro de 1948, Sanharó, passou a condição de município, sendo Severiano de Assis Aquino, nomeado prefeito, exercido o cargo por 49 dias, até que o prefeito eleito, Seulau – Laurentino Ventura Caraciolo tomasse posse.

Seulau enfrentou Paulo Foerster em acalorada campanha, ganha por 54 votos. Paulo também disputou para vereador e logrou êxito. A foto dos primeiros edis sanharoenses encontra-se no mural que rodeia o espaço da câmara de vereadores.

Permito-me divagar, de passagem, que esses dados fazem parte de um conjunto de ideias para um livro que foi, levianamente, surrupiado.

Nesses 73 anos, 18 gestores ocuparam o cargo de prefeito, alguns mais de uma ou duas vezes. É ocaso, por exemplo: Seulau, dois mandatos; João Soares Sobrinho, três mandatos; Valdemir Aquino de Freitas – Bibi, dois mandatos e César Freitas que atualmente está no seu terceiro mandato eletivo.

Seulau, Heronides Nunes Arruda; Gilberto Guimarães; Antônio Cordeiro de Souza, Antônio Avelino Bezerra; Zé Júlio – José Tiago da Silva, João Soares Sobrinho (3); Paulo Foerster; Erivaldo Monteiro da Costa; Valdemir – Bibi (2); Geovane Freitas Leite; Raniere Aquino de Freitas; César Augusto de Freitas(3); Fernandinho Fernandes e Heraldo Oliveira, compõem essa plêiade de políticos que ao seu modo, estilo, zelo, determinação, talento e competência contribuíram para que chegássemos aos dias de hoje ávidos para cobrar e exaltar nosso torrão natal.

A Árvore quanto maior exige solidez da sua base. Os exemplos bons se perpetuam e os maus deveriam servir de ensinamentos. Ouvi uma história sobre o rigor de seu Heronides, em todos os sentidos. Sua residência era vizinha ao prédio da prefeitura. Ao ver seu filho Zé Júlio com um lápis grafite, perguntou-lhe como tinha conseguido: “Ganhei de Zefinha”, servidora municipal, respondeu. De imediato, o pai retrucou: “volte e devolva. Você não precisa disso!” – Muitos nem sabem; o seu pai, comerciante de pasta de farelo e secos & molhados – Júlio Nunes, foi quem comprou o motor que gerou energia elétrica na cidade, por cerca de 30 anos, até a chegada dos postes de Paulo Afonso. A probidade para eles não é favor. É um simples reconhecimento!

Padre Heraldo Cordeiro de Barros, com o apoio do então bispo diocesano – Severino Mariano de Aguiar, implantou dois colégios e criou uma verdadeira revolução na nossa história. Gilberto Guimarães e Cloves Américo de Freitas, criaram a Laticínios Sanharó e levaram o nome da nossa cidade ao Recife e ao nordeste. Foi o visionário Gilberto que em 1966, com a chegada da BR-232, adquiriu um imóvel na 18 de Copacabana cujos fundos seriam transformados em casa comercial e que há mais ou menos 10 anos, serviriam para o prefeito César criar a infraestrutura para a revolução no agronegócio que é o atual Pólo de Laticínios e Gastronomia de Sanharó.

Fico triste, pensativo e insatisfeito. Alguns nomes aqui citados não foram, ainda, merecedores de qualquer menção oficial. Não há um beco com o nome de Dom Mariano. Não há uma viela em homenagem ao deputado Públio Calado! Essa lista é maior. O esquecimento é cúmplice ou aliado infeliz das injustiças.

Aprendemos a fazer e zelar pelos alunos a partir dos colégios do padre Heraldo. Paulo Foerster na sua curta gestão de mandato tampão, conseguiu terrenos com os colegas fazendeiros e construiu 13 escolas rurais. Os exemplos se sucedem e poderiam ocupar várias páginas…Não é o caso. Tivemos os altos e baixos e deixo a critério do leitor, conscientemente, acrescentar ou diminuir o peso de cada um dos aqui citados. Não os julgo! Trago apenas para os dias de hoje perguntas que buscam respostas: o que estamos fazendo para as novas gerações? Quem matou ou ajuda a matar diariamente o nosso Rio Ipojuca? O quê os que se acham “donos” do rio fazem para salvá-lo? Onde estavam nossas autoridades que deixaram algozes se apropriarem e/ou invadirem  imóveis da municipalidade? Qual o legado que apresentaremos no centenário, em 2048?

A Árvore cujos enfeites perpassam nossa consciência cidadã, cobra por efetivas respostas e uma alta dose de esperança. Ao dar voz e vez aos prefeitos nominados que fincaram seus nomes no livro da nossa história, rogo à Deus na sua infinita bondade que entre os mortos e vivos proteja-os. Às nossas crianças, jovens do amanhã para que aprendam lições de civismo e amor à sua terra.

Transformem e inspirem!

Parabéns minha querida S A N H A R Ó!

–  OBS: A arte que ilustra a publicação é de autoria da assessoria de comunicação da PM Sanharó.


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